Filhos...

Filhos... ter ou não ter.... eis a questão.
Hoje ouvi uma coisa que me deixou intrigada.
Trabalho com idosos há cinco anos, são pessoas extremamente carentes, alguns voltam a ser crianças, e é preciso ter um pouco de paciência pra lidar com eles. Digo, idosos que já "perderam" sua liberdade, que têm idade bastante avançada, que não conseguem mais fazer algumas coisas sozinhos como andar, comer, ou até mesmo pensar. Que dependem dos filhos, netos, sobrinhos... E é triste ver o tratamento que alguns desses responsáveis, ou irresponsáveis, dão. Ouvi uma expressão que me intrigou muito: " A filha não gosta da mãe". Como assim? Me perguntei, uma filha tão carinhosa, que está sempre junto da mãe, que faz tudo por ela. Não acreditei. Mas era vedade, a filha tinha tido a coragem de dizer pra mãe que a odiava. Fiquei de boca aberta por um instante, era o cúmulo do absurdo! A mãe nada podia fazer, apenas ouvia. Me coloquei no lugar dela, o que eu sentiria? Acho que decepção, tristeza, dor.
O pior, não é difícil ver esse tipo de tratamento. Costumo ver discussões, gritos, a falta de paciência. O que os filhos não sabem é que tais atitudes só pioram as coisas.
" Honra teu pai e tua mãe para que se prolonguem os dias da tua vida". Será que esquecemos desse mandamento.
Então me perguntei: Filhos... por que tratar mal seus pais? Um dia estarão no lugar deles.

O PRIMEIRO

Oi gente! Bem, resolvi criar um blog, o meu diário virtual onde pretendo todos os dias colocar alguma coisa de interessante, ou nem tão interessante assim, pra debater, criticar... Como é a primeira vez, o primeiro tema do meu primeiro blog confesso que demorei um pouco pra decidir o que eu iria escrever, quando me lembrei do meu primeiro quadro.

Há quatro anos atrás fiz a minha primeira pintura. Noooossa! O meu PRIMEIRO quadro! Era a realização de um desejo antigo depois de dois anos afastada da minha arte. O que fazer? O que pintar? O que desenhar? A pior coisa que pode acontecer na vida de um artista é não ter criatividade, porque sem ela as dúvidas começam aparecer e logicamente o seu objetivo fica looonge da realização. Quando finalmente a idéia surgiu, imediatamente providenciei uma tela e tintas para pintar. Pronto! O pincel parecia se movimentar sozinho tamanha rapidez com que eu pintava. A figura ia surgindo, novas idéias iam surgindo e uma pintura colorida e intrigante aparecia. Procurei colocar cores alegres, e o objetivo era fazer com que o espectador parasse pra pensar. Então parei. Não fiz os últimos retoques e "esqueci" do quadro.

Isso me fez lembrar da vida espiritual do homem. O primeiro contato com Deus, sua comunhão, sua aceitação, cada passo dado à seu tempo. Tudo parece ser muito agradável e empolgante no começo. Mas é preciso ter fé para pintar sua vida, porque sem ela jamais haverá colorido, jamais haverá arte, e então nada mais parece ser como era antes. As dificuldades vão aparecendo, contra-tempos e então parecemos esquecer do grande Artista, do grande Autor da vida.

O quadro está exposto em um restaurante, posso terminar a qualquer momento, mas a vida espiritual não pode esperar, é preciso estar sempre em comunhão com Deus para a fé não vacilar, pra não ficar pra trás, pra não parar e não esquecer de Deus.